Meio-termo no sentido aristotélico¹, não se aplica quando situamos o Estado de Pernambuco como Celeiro de Fisioterapeutas para o país; preferimos o excesso. E assim estamos em boa companhia, quando o Prof. Miguel Doherty no prefácio do livro O Trabalho Médico Científico², de Ruy Neves Baptista (Recife: Bagaço, 2003) referindo-se ao Curso de Fisioterapia declara: “Estava criado o 1º Curso Universitário Público do país na UFPE, acrescendo mais uma láurea ao Estado pelo Prof. Ruy e sua equipe de fundadores a abastecer o país com seus formandos”.
É preciso compreender em princípio que o Brasil é um país de dimensões continentais e que Vieira³ afirma em seu livro: “Até 1969 só existiam seis escolas de reabilitação para formar Fisioterapeutas, duas no Nordeste, nos Estados de Pernambuco e Bahia e quatro no Sudeste, nos Estados de São Paulo, Guanabara (Rio de Janeiro) e Minas Gerais”.
Com raras e honrosas exceções aos métodos e técnicas de então, o Centro de Reabilitação Motora do Nordeste CRMN instalado e funcionando na Cidade do Recife, recebeu ajuda estrangeira (profissionais norte-americanos) e do Governo Federal em equipamentos terapêuticos; mas o empreendimento teve curta duração.
Na maioria da clinicas particulares e inclusive no Curso de Fisioterapia da UFPE utilizavam-se formas simples como fonte de calor e exercícios praticados em Escadas, Rodas de Ombro e outros tais, precedidos de Massagens e Exercícios Passivos.
Referências:
1 – Aristóteles. Ética a Nicômano. São Paulo: Martin Claret, 2006.
2 – Baptista, Ruy Neves. O trabalho médico científico. Recife: Bagaço, 2013.
3 – Vieira, Risomar da Silva. Institucionalização da Fisioterapia. João Pessoa: Editora UFPB, 2012.